Quando falamos em escrita, pensamos
unicamente na escrita alfabética e no alfabeto latino. Existem diversos
sistemas de escrita, como também diversos usos sociais. Na história, o
controle da escrita sempre esteve ligado ao exercício de poder.[1]
Infelizmente essa ligação continuar a existir, apesar da democratização das práticas ligadas educação.
Para
pensar no ingresso da cultura escrita, é preciso pensar na sociedade,
mais do que na escola, e é necessário pensar na escrita como objeto
cultural criado por inúmeros usuários.
A escrita não é apenas um
sistema de traços ou sinais, ela deve ter relação com os sons da fala. A
leitura é uma atividade permanente importante na educação infantil,
mas, a ação de ler não deixa marcas visíveis no objeto e , quando deixa,
são sinais de escrita, não de leitura. Assim que a criança percebe que a
fala pode ser representada começa a desenhar letras em suas produções,
principalmente nas ilustrações.
Escrever é fazer sinais e deve
ser explorado desde cedo as condições de se dizer algo por escrito. Mas,
a escrita não se limita a tornar visível o que é audível esta é apenas
uma das suas características lingüística. Não é uma fotografia da fala,
mas uma representação. A escrita permite um olhar distanciado da língua,
um olhar que omite uma infinidade de detalhes que são necessários para
se fazer entender por escrito.
Ao receberem informações sobre a escrita quando: brincam com a
sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os
termos, manuseiam todo tipo de material (nos livros, nos jornais, nas
cartas, nos documentos oficiais, nas publicidades, nos calendários, nos
mapas e em vários outros objetos cuja razão de se é a própria escrita),
quando o professor lê para sua turma ou serve de escriba, as crianças já estão participando de um ambiente alfabetizador.
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